domingo, 27 de maio de 2012

AGENTES CURRICULARES



 A dinâmica geral até, há pouco tempo atrás de formação e de escolha dos conceitos fundamentais, acontecia quando, o Estado nacional definia os conteúdos curriculares básicos do ensino público, que depois seriam trabalhados pelos professores nas salas de aula. Desta maneira, ambos, governo e escola, se convertem em agentes curriculares. Mais complicado ainda é o papel das famílias, a quem se dá pouca ou nenhuma oportunidade de escolha de conteúdos, exceto as aulas de religião. E os alunos que, submissos, alheios acolhem os conteúdos, tentam desenvolver suas habilidades sem, contudo compreender e questionar a escolha deste ou daquele componente curricular.
Todos gostam de sentir que existe algum significado interno e profundo nas suas escolhas. Ao mesmo tempo cresce um questionamento maior sobre os sentidos de nossas escolhas. Com as políticas de implantação da Educação integral, expandiu-se a nível estadual e municipal, o debate por novos referenciais teóricos e metodológicos, resgatando-se elementos históricos e conceituais. Com isto a (re) significação de vários sujeitos (alguns estão na memória) e de outros cujas vozes ecoam dentro das escolas.

POLÍTICAS CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO INTEGRAL

Situar a Educação Integral dentro das políticas curriculares para a Educação Básica no Brasil, não é uma tarefa simples, requer uma visão geral dos movimentos que estão acontecendo com as diretrizes da educação. Já se avançou na meta de ampliar o acesso a educação, o desafio é garantir a permanência do sujeito e a qualidade do processo de aprendizagem. Uma aprendizagem de qualidade que permita ao aluno autonomia na busca do conhecimento, habilidade para entender e resolver os problemas que estão postos ao seu redor. Conferindo significado e sentido naquilo que estão aprendendo. Um viver digno assegurado pelo respeito aos seus direitos e deveres. Seria a educação de sentido literalmente Integral, com a possibilidade de um passo a mais no caminho da plenitude e realização humana.
As políticas públicas devem propor uma ampliação de olhares e de medidas inovadoras que contemplem a diversidade cultural em um currículo que dialogue com os saberes e praticas local. Neste sentido, as novas diretrizes ao visarem melhoria de qualidade de ensino devem propor vencer o analfabetismo, entender a escola como uma rede sistêmica de aprendizagem onde a gestão deve ser democrática e em regime de colaboração. Além de uma resignificação de tempos e espaços a escola precisa pensar em uma proposta de currículo afinada com as concepções de uma educação inclusiva.
Sabemos que a educação sozinha não pode assumir a solução dos problemas sociais. Problemas que são do campo da distribuição de renda, de emprego, habitação, saúde. Assim políticas públicas integradoras de diferentes instâncias da sociedade, organizadas em programas sociais que formarão redes e conexões de tempo integral, poderão criar bases para uma sociedade mais emancipada, justa e solidária